quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Também andou no Filipa

Eu era o nº 7, e o fotografado era o nº 8. Anos de 1977 a 1980


O ambiente formal em que trabalha - "haverá mais formal que isto?", questiona - contrasta com o que vivia no início dos anos 80. A Sétima Legião surgia em 1982, com Rodrigo Leão (baixo), Pedro Oliveira (voz e guitarra) e Nuno Cruz (bateria). Regressando dos Estados Unidos em 1983, Francisco Ribeiro de Menezes - diplomata e filho de diplomata - começava a escrever as letras das canções ouvidas ainda hoje. "É, sem dúvida, uma das coisas de que mais me orgulho."

Actualmente, é chefe de gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros. Estudou Direito na Universidade de Lisboa com Pedro Oliveira, seu primo, quando arrancaram com a banda. "Tínhamos quase todos 18 anos. Nessa altura as coisas são inevitavelmente muito fortes. Vivíamos as primeiras grandes discussões sobre que tipo de som fazer, que projecção dar ao lado pop e ao lado tradicional da música."
A conjugação de um imaginário, uma parte popular portuguesa e a recuperação de temas de bandas inglesas davam origem ao projecto musical. Pouco depois juntava-se o violoncelo e a gaita-de-foles. E com o apoio de Miguel Esteves Cardoso e Ricardo Camacho, da editora discográfica Fundação Atlântica, editavam o primeiro single, "Glória", em 1983.
Cedo percebeu que gostava de escrever. As letras da Sétima Legião, quase todas da sua autoria, eram escritas depois de terem uma base instrumental. "Foram cadernos e cadernos, noites e noites", relembra. Chegaram a duvidar, numa fase inicial, se deveriam escrever em português. Mas ultrapassaram a hesitação. "'Sete Mares' é, aliás, das melhores canções cantadas em português. Emocionante do princípio ao fim."
"A Um Deus Desconhecido" (1984) e "Sexto Sentido" (1998) são os álbuns que destaca como mais marcantes e que ainda hoje ouve. "Foram discos honestos e muito inspirados na vida que tínhamos." E essas boas memórias continuam a ser prolongadas por encontros regulares.
"Apesar de cada um ter a sua vida e de termos pouco tempo, um reencontro da banda não é uma ideia posta de parte. Há pouco tempo, o Pedro Oliveira deu-me duas letras para fazer. Fiquei feliz da vida", conta. "E até consegui escrever uma num feriado."
(Texto original publicado na Revista Única da edição do Expresso de 13 de Março de 2010)

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu era a 33:))ou a 35?!!!

Anónimo disse...

Eu era a n.º treze e lembro de jogar com este "rapaz" na aula (não me lembro qual)a um jogo que consistia em percorrer o abecedário e dizer para cada letra o maior número de grupos de música .... claro que ele ganhava sempre. Gostei de o rever, obrigada Francisco BT. Margarida Amores

Vera disse...

Por onde anda o Pedro Oliveira? Gostava de o rever, nem que fosse virtualmente! FB, não tem? Fui colega dele na Eugénio dos Santos e eramos bons amigos.