Corria o ano de 1983 ou 1984 quando vários amigos foram visitar o J. a sua casa, um certo 4º andar de um prédio da Praça de Londres. Era pelo meio da tarde e acabaram todos na sala, aí se entretendo, uns conversando, outros jogando xadrez, outros vendo um filme qualquer que passava na televisão.
Ora, como a tarde estivesse morna, sem grandes exaltações, um dos filipados amigos, mais impaciente (quem será ?), resolveu ir fazer uma das suas habituais velhacarias, para dar ânimo ao momento. Para isso, esgueirou-se incógnito da sala, foi até ao corredor, meteu na cabeça uma meia preta de senhora que consigo trouxera (?!), arregaçou as calças até ao joelho, pegou numa raquete de ténis que havia no quarto do J. e emboscou-se atrás de um reposteiro. A ideia era a de, escondido, aguardar no corredor (que estava em semi-obscuridade) pelo primeiro dos outros filipados que aparecesse, para lhe pregar valente susto: quando ouvisse passos, saltaria de detrás do reposteiro para o corredor e, grunhindo e urrando, brandiria a raquete ameaçadoramente. A coisa era certa, não tinha nada que enganar. Um deles apanharia enorme susto. O que o emboscado não contou é que, sem que ele se apercebesse, chegou entretanto a dona da casa e Mãe do nosso amigo, que, naturalmente, se encaminhou corredor afora ...
Ora, como a tarde estivesse morna, sem grandes exaltações, um dos filipados amigos, mais impaciente (quem será ?), resolveu ir fazer uma das suas habituais velhacarias, para dar ânimo ao momento. Para isso, esgueirou-se incógnito da sala, foi até ao corredor, meteu na cabeça uma meia preta de senhora que consigo trouxera (?!), arregaçou as calças até ao joelho, pegou numa raquete de ténis que havia no quarto do J. e emboscou-se atrás de um reposteiro. A ideia era a de, escondido, aguardar no corredor (que estava em semi-obscuridade) pelo primeiro dos outros filipados que aparecesse, para lhe pregar valente susto: quando ouvisse passos, saltaria de detrás do reposteiro para o corredor e, grunhindo e urrando, brandiria a raquete ameaçadoramente. A coisa era certa, não tinha nada que enganar. Um deles apanharia enorme susto. O que o emboscado não contou é que, sem que ele se apercebesse, chegou entretanto a dona da casa e Mãe do nosso amigo, que, naturalmente, se encaminhou corredor afora ...
Agora imaginem (ou recordem, os que lá estavam) a cara do nosso emboscado e filipado amigo, quando, já no meio do corredor, calças arregaçadas, meia preta na cabeça, raquete em punho, urros gritados, percebeu o que tinha feito... Caramba, não me lembro de ter visto alguém mais aflito, corado, envergonhado, verdadeiramente buscando um buraco qualquer onde se enfiar... cabelo espetado no ar (tirada que foi a meia), com as calças ainda arregaçadas pelos joelhos, a raquete teimosamente na mão, tartamudeando esfarrapadas desculpas para a horrorizada Mãe do nosso amigo...
Sorte a dele, pois que a Senhora mãe do nosso anfitrião sempre teve uma infindável paciência e benevolência para com os amigos do filho e a sua atribulada adolescência e a história não teve mais consequências.
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