Foi durante os anos filipados que cultivei certos gostos que nunca mais me abandonaram. Acabadinho de chegar ao 7.º Ano, em 1978, tive a sorte de ir parar a uma Turma excepcional, embora muito heterodoxa, que reunia uma mão cheia de pessoas com alguns interesses invulgares, para a idade, em comum. Assim, pude, desde logo, jogar xadrez com o DNA e o LMNB (estes, da tal Turma), mas também com o TMC e o JSB; mais tarde, juntaram-se a nós, nesta insólita actividade, o LAS, o AA e o PV. Estou, com certeza, a esquecer-me injustamente de outros; mas, é também para isto que serve este blogue — para fazermos um exercício de memória, ajudados pelos antigos condiscípulos, e, desta forma, podermos reconstruir esses anos de iniciação à Vida, com tudo o que de melhor eles tiveram, destacando-se, em primeiro lugar, a descoberta e partilha de afinidades. Se todos colocarem aqui uma peça, o puzzle ir-se-á completando, em toda a sua plenitude, e a visão de conjunto será surpreendentemente ampla, verdadeira e bela.
Hoje, quando jogo xadrez, recordo com especial saudade aqueles serões, da Praça de Londres, em que ficávamos pela noite dentro a testar jogadas — chegando a haver vários tabuleiros e respectivas duplas em leal confronto — e a fumar — às escondidas — os primeiros cigarros...
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