Qual é a música da tua vida? Qual a que mais te toca? Consegues dizer-nos porquê?
A tua Associação passa-a para ti na A3FL rádio http://www.a3fl.com As respostas mais originais terão direito a um "spot" surpresa! Mas há uma condição: terás de ter as tuas quotas em dia.
Surpreende-te e surpreende os teus amigos!
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Contar histórias
A RTP vai colocar em antena uma série que pensou, idealizou e produziu que reflecte uma geração e o modo como ela viveu. Curiosamente é muito a geração que deu início a este espaço e que, também, acabou por formar a Associação dos Antigos Alunos.
A expectativa é grande, pois sabemos que existem milhares, muitos milhares que viveram o chico fininho, os cavalos de corrida, Paixão, Amor e tantos outros temas que ainda hoje são as músicas do nosso tempo.
A uniformização e democratização, absolutamente alheia a qualquer intervenção externa, pois as músicas tronavam-se populares por adesão dessa juventude e era absolutamente transversal. Uma geração riquissíma e que tem dado sobejas provas da sua fibra.
Para muita gente do Filipa houve, acima das demais, uma música que é absolutamente icónica.
Também marca, em definitivo, uma roptura com o passado, pois é quando o Liceu passa a ser misto 1975/76. Fez 38 anos!
domingo, 24 de novembro de 2013
De Natália Correia
Do Sentimento Trágico da Vida
Não há revolta no homem
que se revolta calçado.
O que nele se revolta
é apenas um bocado
que dentro fica agarrado
à tábua da teoria.
Aquilo que nele mente
e parte em filosofia
é porventura a semente
do fruto que nele nasce
e a sede não lhe alivia.
Revolta é ter-se nascido
sem descobrir o sentido
do que nos há-de matar.
Rebeldia é o que põe
na nossa mão um punhal
para vibrar naquela morte
que nos mata devagar.
E só depois de informado
só depois de esclarecido
rebelde nu e deitado
ironia de saber
o que só então se sabe
e não se pode contar.
Natália Correia, in "Poemas (1955)
que se revolta calçado.
O que nele se revolta
é apenas um bocado
que dentro fica agarrado
à tábua da teoria.
Aquilo que nele mente
e parte em filosofia
é porventura a semente
do fruto que nele nasce
e a sede não lhe alivia.
Revolta é ter-se nascido
sem descobrir o sentido
do que nos há-de matar.
Rebeldia é o que põe
na nossa mão um punhal
para vibrar naquela morte
que nos mata devagar.
E só depois de informado
só depois de esclarecido
rebelde nu e deitado
ironia de saber
o que só então se sabe
e não se pode contar.
Natália Correia, in "Poemas (1955)
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
ALTO!
Pára tudo!
Afinal escrevi apenas infâmias despropositadas para atingir objectivos sórdidos, egoístazinhos e viciosos!
Estamos a um mês do fim das celebrações dos 75 anos do Liceu e é a maior loucura jamais vista!
Há uma electricidade no ar.
A motivação é generalizada!
Louve-se o Senhor! Venha o Patriarca, o Presidente e até o Ministro!
Faça-se a lápide! Cante-se o hino!
Hasteie-se a bandeira!
A Ínclita Geração está na rua!
Todos gritam:
"Mas, pera defensão dos Lusitanos,
Deixou, quem o levou, quem governasse
E aumentasse a terra mais que dantes:
Ínclita geração, altos Infantes." ( Lusiadas, Canto IV, estância 50)
E canta-se o Poeta:
D. FILIPA DE LENCASTRE
Que enigma havia em teu seio
Que só génios concebia?
Que arcanjo teus sonhos veio
Velar, maternos, um dia?
Volve a nós teu rosto sério,
Princesa do Santo Gral,
Humano ventre do Império,
Madrinha de Portugal!"
Todos desfilam ao som das bandeiras!
Segue o cortejo na avenida desenhada a régua e esquadro!
E grita-se nas ruas!
Repicam os sinos das Igrejas!
As estrelas caem cadentes, luminosas, professando mil desejos do Portugal a cumprir!
Todo o espírito se levanta e tremem os ares num frémito de louvor!
Nunca uma evocação se fez tão dignamente
Nunca se amou tão verdadeiramente!
À noite, canta-se à volta da fogueira onde profetizam todos os autos de fé a importar
Queimam-se as bruxas,
Os que afirmam que a terra é redonda
Que a Terra gira à volta do Sol
Que ousam falar
Que olham de Sagres
Que vão ao Mar
À Madeira, Açores e até cabos dobraram!
E o Tejo que se agita com as suas Ninfas inspiradoras de toda a arte.
Distribuam-se flores, doces e vinho
Que se cante, dance e glorifique-se!
Morra quem insista ousar!
Quem pense que pode pensar!
Quem diga que tem voz
Quem apresente braços para trabalhar
Quem diga, tão somente, eu!
Viva o stablishment! Vivam os "nós!"
Afinal escrevi apenas infâmias despropositadas para atingir objectivos sórdidos, egoístazinhos e viciosos!
Estamos a um mês do fim das celebrações dos 75 anos do Liceu e é a maior loucura jamais vista!
Há uma electricidade no ar.
A motivação é generalizada!
Louve-se o Senhor! Venha o Patriarca, o Presidente e até o Ministro!
Faça-se a lápide! Cante-se o hino!
Hasteie-se a bandeira!
A Ínclita Geração está na rua!
Todos gritam:
"Mas, pera defensão dos Lusitanos,
Deixou, quem o levou, quem governasse
E aumentasse a terra mais que dantes:
Ínclita geração, altos Infantes." ( Lusiadas, Canto IV, estância 50)
E canta-se o Poeta:
D. FILIPA DE LENCASTRE
Que enigma havia em teu seio
Que só génios concebia?
Que arcanjo teus sonhos veio
Velar, maternos, um dia?
Volve a nós teu rosto sério,
Princesa do Santo Gral,
Humano ventre do Império,
Madrinha de Portugal!"
Todos desfilam ao som das bandeiras!
Segue o cortejo na avenida desenhada a régua e esquadro!
E grita-se nas ruas!
Repicam os sinos das Igrejas!
As estrelas caem cadentes, luminosas, professando mil desejos do Portugal a cumprir!
Todo o espírito se levanta e tremem os ares num frémito de louvor!
Nunca uma evocação se fez tão dignamente
Nunca se amou tão verdadeiramente!
À noite, canta-se à volta da fogueira onde profetizam todos os autos de fé a importar
Queimam-se as bruxas,
Os que afirmam que a terra é redonda
Que a Terra gira à volta do Sol
Que ousam falar
Que olham de Sagres
Que vão ao Mar
À Madeira, Açores e até cabos dobraram!
E o Tejo que se agita com as suas Ninfas inspiradoras de toda a arte.
Distribuam-se flores, doces e vinho
Que se cante, dance e glorifique-se!
Morra quem insista ousar!
Quem pense que pode pensar!
Quem diga que tem voz
Quem apresente braços para trabalhar
Quem diga, tão somente, eu!
Viva o stablishment! Vivam os "nós!"
75 anos do Liceu
Aceitar presidir a uma comissão de celebração dos 75 anos de uma instituição não pode ser uma coisa que se faça de ânimo leve. Deverá, no mínimo, perceber o que é que se celebra.
Uma escola ao celebrar os seus 75 anos não celebra o cimento que lhe dá forma, apesar de, no nosso caso, o do Liceu Filipa de Lencastre, quem lhe deu a forma foi um notabilíssimo arquitecto. É justo, nesse ponto, fazer todas as referências a Jorge Segurado, e falar na Casa da Moeda, falar no Técnico, falar no INE e no bairro do Arco do Cego. E, obviamente, em Duarte Pacheco Pereira. Mas é um caminho que vale uma conversa animada, sobretudo se fosse com a Senhora Arquitecta Ana Tostões, ilustradissima no tema.
Poderemos, então pensar que um liceu representa a educação, em sentido estrito, e que portanto, os 75 anos de uma casa onde se faz o trabalho de educar, deve festejar a educação, ou seja o conceito de transmissão de saber.
Poderemos, até, pensar que só tem sentido falar numa escola porque houve professores e eles é que são a escola. Obviamente que nesse caso as comemorações se ficariam pelas salas de professores onde, a cada intervalo os professores e professoras se deviam beijocar a parabenezir por serem os sobreviventes dos 50 minutos que acabaram de conquistar na sua luta pelo justo salário e direito a horário zero!
Há uma restante massa anónima, por ventura umas 20 a 30 MIL alminhas que, obviamente cheios de soberba, se acham que são aquilo que tem sentido quando se fala em celebrar uma escola, os alunos e ex-alunos... Será seguramente um pensamento autista e cheio de vontade de engrandecer o curriculum dos alunos, pois desejam carregar esses CV com todos os abraços, as aulas, as memórias, as patifarias, as conversas, os 6 anos de vida que ali viveram. E, imagine-se, as gratíssimas memórias, um afecto sem contrapartida, um amor sem esperar nada em troca.
Apesar de a Associação de Antigos Alunos deste Liceu, sim nós, uns bandidos!, estarmos desde que nos fizemos Associação a alertar para esta data, tendo apresentado propostas, ideias, soluções, colaboração, braços para trabalhar, tivemos sempre um Alguém que fez o que (não) fez e, atenção, pro bono! Carregado e vergado com os trabalhos mil que tem em mãos, o senhor que a foto tão bem ilustra, fez o especial favor de NEGAR desde sempre a participação activa da AAAFL.
Adérito Tavares
Porquê? Objectivamente não faço ideia. Percebo, no entanto, que há, no nosso país um grupo de gentes que admitem que são os únicos detentores das soluções. Estamos onde estamos. Social, politica, educacional e culturalmente. A culpa não é do povo. É de quem devia fazer apenas aquilo para que tem habilidade. Não o que ambiciona colocar no CV.
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