Este blog lembra-me um jogo que fazíamos na época — nas aulas, nos cafés, nas casas de uns e outros —, que consistia numa adaptação do velho «cadavre-exquis» dos surrealistas. Pegava-se numa folha de papel em branco, escrevia-se ou desenhava-se qualquer coisa, depois dobrava-se, deixando só a última palavra ou parte de um traço à mostra (qual gato escondido com o rabo de fora), passava-se ao próximo, que fazia o mesmo, e por aí fora... O resultado final — quando se abria e esticava a folha — era um texto ou um desenho surrealista (mesmo!) , sempre surpreendente, que fazia as delícias de todos. O conceito permanece. A diferença é que agora o construímos com memórias e na altura o jogávamos com sonhos.
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