Eu escrevi cartas de amor.
A saudade apertava e o espaço que nos distanciava não era possível de ser ultrapassado.
Assim, parava e atirava para dentro de uma folha de papel aquilo que me apertava na alma. E, durante esse tempo, vivia a emoção de estar perto, senão mesmo, ali ao lado.
Todos os dias úteis vivia também a emoção da hora do carteiro. Haveria novidade? Uma carta?
Hoje não escrevo cartas. E as que recebo são, regra geral, recibos de contas pagas.
Agora, quando a vontade acontece, telefono, envio um sms ou mando um e-mail.
O tempo da saudade ficou mais curto.
Será que a Saudade passou a saudadinha?
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