O seu nome de nascimento era Gerardo Rocco Damiano, e relativamente ao Post anterior só há mesmo a acrescentar que este Filme com F grande, foi rodado em 6 dias. É neste tipo de momentos que temos todos de nos unir, com U grande, de forma a introduzir com I grande algum conforto, uns nos outros, de maneira a lidar com a dor.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Notícias difíceis de dar
Realizador de Garganta Funda morreu ( do Público)29.10.2008 O realizador de origem italiana Gerard Damiano, autor do mítico filme pornográfico Garganta Funda, morreu no sábado, em Miami, EUA, aos 79 anos, vítima de complicações cardiovasculares. O cineasta dirigiu cerca de 50 filmes pornográficos, mas é por esse filme que ainda hoje é recordado.
Emblemático e marcante, não só no seu género, mas na história do cinema em geral, Garganta Funda destacou-se no início dos anos 70 ao apresentar uma ideia de argumento singular - centra-se numa mulher cujo clítoris se localiza na garganta - transformando-se num inesperado fenómeno de culto, gerando de imediato defensores e detractores, e invadindo com rapidez os domínios da cultura popular de massas, um feito único para um filme pornográfico, tendo em atenção a época.
Rodado em 1972, em apenas seis dias, e protagonizado por Linda Lovelace, tornou-se num fenómeno mundial por ter sido a primeira longa-metragem pornográfica exibida em cinemas tradicionais. Foi visto por mais de dez milhões de pessoas e arrecadou mais de 600 milhões de dólares, sendo um dos filmes mais lucrativos de sempre, pois a sua produção custou apenas 25 mil.
O sucesso da obra foi acompanhado por grandes polémicas. Foi banido de vários estados dos EUA e alvo da ira de grupos religiosos, tendo o actor Harry Reems, que fazia o papel de médico, sido alvo de inúmeros processos. Damiano era conhecido por atribuir grande importância ao argumento, num género que tradicionalmente despreza a narrativa.
O realizador serviu de inspiração para o personagem interpretado por Burt Reynolds no filme Boogie Nights, um criador de filmes pornográficos que procurava o reconhecimento artístico. A expressão "garganta funda" designava a fonte jornalística que desencadeou o "caso Watergate", que culminou com a demissão do presidente norte-americano Richard Nixon. Mais de 30 anos depois as repercussões desta obra singular ainda se fazem sen-tir. A prova é o documentário Dentro de Garganta Funda, visto em Portugal há três anos, e que pretendia reflectir o impacto artístico e sociológico da obra.
Emblemático e marcante, não só no seu género, mas na história do cinema em geral, Garganta Funda destacou-se no início dos anos 70 ao apresentar uma ideia de argumento singular - centra-se numa mulher cujo clítoris se localiza na garganta - transformando-se num inesperado fenómeno de culto, gerando de imediato defensores e detractores, e invadindo com rapidez os domínios da cultura popular de massas, um feito único para um filme pornográfico, tendo em atenção a época.
Rodado em 1972, em apenas seis dias, e protagonizado por Linda Lovelace, tornou-se num fenómeno mundial por ter sido a primeira longa-metragem pornográfica exibida em cinemas tradicionais. Foi visto por mais de dez milhões de pessoas e arrecadou mais de 600 milhões de dólares, sendo um dos filmes mais lucrativos de sempre, pois a sua produção custou apenas 25 mil.
O sucesso da obra foi acompanhado por grandes polémicas. Foi banido de vários estados dos EUA e alvo da ira de grupos religiosos, tendo o actor Harry Reems, que fazia o papel de médico, sido alvo de inúmeros processos. Damiano era conhecido por atribuir grande importância ao argumento, num género que tradicionalmente despreza a narrativa.
O realizador serviu de inspiração para o personagem interpretado por Burt Reynolds no filme Boogie Nights, um criador de filmes pornográficos que procurava o reconhecimento artístico. A expressão "garganta funda" designava a fonte jornalística que desencadeou o "caso Watergate", que culminou com a demissão do presidente norte-americano Richard Nixon. Mais de 30 anos depois as repercussões desta obra singular ainda se fazem sen-tir. A prova é o documentário Dentro de Garganta Funda, visto em Portugal há três anos, e que pretendia reflectir o impacto artístico e sociológico da obra.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
O que um pai sofre...
No outro dia o meu filho pediu-me um CD de música. E eu, como qualquer pai, lá tentei satisfazer o pedido do rapaz.
Quando dei por mim, o CD vinha com 15 SuperBock. Contrariado lá tive levar as 15 cervejas para casa. E, num perfeito inferno, lá tive que as beber.
Como é difícil a vida de um pai nos tempos que correm! ( E se a minha filha também quizer o CD?). Céus, como a vida é cruel!
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Obras no Filipa?
Então já começaram as obras no Filipa?Não vou a Lisboa há algum tempo e gostava de saber como está o "velhinho" Liceu. Sim no meu tempo era Liceu.Tambem já passaram muitos anos...
Sigo o blog sempre que posso mas não conheço bem estas novas tecnicas para poder aceder com mais facilidade a este tipo de conversação...
Abraços de uma Filipada(acho o termo muito engraçado)
Sigo o blog sempre que posso mas não conheço bem estas novas tecnicas para poder aceder com mais facilidade a este tipo de conversação...
Abraços de uma Filipada(acho o termo muito engraçado)
Da caixa de correio
Boa tarde
Desde já os meus parabéns pelo Blog 1977/1984.
Descobri-o após o meu filho de 15 anos, actual aluno do Liceu, me ter avisado da existência do mesmo. J
Depois de várias “leituras” recordei já alguns episódios e algumas caras que fizeram parte da “história” da instituição,
Saído da Eugénio dos Santos, em Alvalade, fui para o “7º ano de escolaridade obrigatória” no Liceu Filipa, penso que no primeiro ano em que o mesmo foi misto … não sei se em 1976 ou 1977
Cá por casa já comecei a “revoltar” garagem e sótão para tentar encontrar toda a informação relativa a esses saudosos anos (cartões de aluno, testes, fotos etc, etc) … mas até agora não tem sido nada fácil. Gostaria de tentar redescobrir as turmas por onde passei enquanto aluno e por isso agradecia que me informassem se possuem ou saberão onde encontrar informações sobre as mesmas.
Obrigado pela atenção
Cumprimentos
Nuno Coutinho
Desde já os meus parabéns pelo Blog 1977/1984.
Descobri-o após o meu filho de 15 anos, actual aluno do Liceu, me ter avisado da existência do mesmo. J
Depois de várias “leituras” recordei já alguns episódios e algumas caras que fizeram parte da “história” da instituição,
Saído da Eugénio dos Santos, em Alvalade, fui para o “7º ano de escolaridade obrigatória” no Liceu Filipa, penso que no primeiro ano em que o mesmo foi misto … não sei se em 1976 ou 1977
Cá por casa já comecei a “revoltar” garagem e sótão para tentar encontrar toda a informação relativa a esses saudosos anos (cartões de aluno, testes, fotos etc, etc) … mas até agora não tem sido nada fácil. Gostaria de tentar redescobrir as turmas por onde passei enquanto aluno e por isso agradecia que me informassem se possuem ou saberão onde encontrar informações sobre as mesmas.
Obrigado pela atenção
Cumprimentos
Nuno Coutinho
domingo, 26 de outubro de 2008
Segurança e Higiene no Trabalho
Bom dia a todos,
Como escrevi há uns tempos, estou ligado à actividade da construção. Hoje voltei mais uma vez aqui ao blog Filipado e li que as obras no nosso Filipa já começaram, e até li que existe algum estado de caos.
Bem, lembrei-me de ter a ousadia de deixar aqui o link para o meu blog sobre este tema da Higiene e Segurança no Trabalho. Especialmente, porque decorre da minha actividade profissional, ligado à segurança na construção.
Espero receber por lá a visita de alguns de vós, quem sabe se alguns também a trabalharem nesta actividade, e também os vossos comentários.
http://seguranca2008.blogspot.com/
Cumprimentos
Como escrevi há uns tempos, estou ligado à actividade da construção. Hoje voltei mais uma vez aqui ao blog Filipado e li que as obras no nosso Filipa já começaram, e até li que existe algum estado de caos.
Bem, lembrei-me de ter a ousadia de deixar aqui o link para o meu blog sobre este tema da Higiene e Segurança no Trabalho. Especialmente, porque decorre da minha actividade profissional, ligado à segurança na construção.
Espero receber por lá a visita de alguns de vós, quem sabe se alguns também a trabalharem nesta actividade, e também os vossos comentários.
http://seguranca2008.blogspot.com/
Cumprimentos
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Coisas do afecto
No outro dia fui almoçar com o Luís. Estivemos um bom pedaço de tempo à conversa e a repôr os nossos assuntos ( os de cada um, obviamente) devidamente actualizados. Uma das coisas engraçadas que falamos, foi que este espaço ( o blogue) tem muito de voltar a viver os nossos tempos e sobretudo o nosso afecto e a entrega absolutamente verdadeira e original que é a fase em que andamos no Filipa.
Um pouco por isso, e por ventura por tantas outras coisas apeteceu-me ir visitar esta amiga, a Bábá que vos apresento:
Um pouco por isso, e por ventura por tantas outras coisas apeteceu-me ir visitar esta amiga, a Bábá que vos apresento:
Não andava no Filipa, mas no Rainha, mas o afecto é o mesmo. Um grande beijinho para ela e para todas as outras que insistem ( e ainda bem) em viver na minha memória.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
NOVO BLOG...
Estava destinado a acontecer. Nasceu um novo Blog. O meu Blog. A isto se deve alguma vontade própria, bem como aos incentivos de alguns Amigos, que mais não foram do que gentis ao enaltecerem algumas caracteristicas interessantes que tenho, mas longe de serem brilhantes.
De qualquer forma aqui está ele; tem o nome de Janela com cortinados.
Pode dar-se lugar à interacção (de forma inteligente) em http://janelacomcortinados.blogspot.com/, e pretende ser exactamente isso, um sitio de onde se pode ver mas também ser visto, muito embora os cortinados se fechem da parte de dentro, e a esses só poucas (os) podem aceder.
Benvindas (os).
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Maudits voyeurs qui n'ont pas le courage!
TRADUÇÃO DO TITULO PARA PORTUGUÊS: "Já não restam dúvidas de que existe um mundo invisivel, resta saber onde fica e a que horas está aberto".
O voyeurismo é um termo de conotação moral, que descreve o acto de ser voyer, isto é de ver sem ser visto. Ver a intimidade, ver a nudez (que poderá assumir diversas formas; fisica, espiritual, ideologica, etc) de quem é observado. Muitas vezes ligado à observação de prácticas sexuais; o objectivo é o de alcançar uma catarse ("jouissance et/ou excitation"). Sabemos que as practicas voyeuristas podem assumir diverssas formas mas nunca se estabelece uma interacção entre quem observa e quem é observado. De certa forma podemos dizer que o exibicionismo poderá ser uma das formas antagonicas do voyeurismo. O voyeur muitas vezes observa de longe; um buraco de fechadura, e mais recentemente com o desenvolvimento das tecnologias faz-se munir de binoculos, cameras (zoooooooom),e também, claro está a internet!!!
Gostei bastante das linhas do nosso caro colaborador (JMSCPM) na intervenção anterior. Com efeito escreve excelente comentário na linha de convite, mas quiçá deverá ser também endereçado aos mais velhos, que insistem em perpetuar um "voyeurismo" patologico, e se recusam a participar neste nosso Blog. Existem provas disso, carissimos Irmãos, através da análise às consultas que continuamente são feitas ao nosso querido blog.... Os que escrevem nele não são necessarimente exibicionistas, mas os que continuamente o espreitam, sem inter agir são definitivamente "voyeuristas". Tenho dito!
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
BREVE NOTA DE ESCLARECIMENTO AOS MAIS NOVOS
Por coincidências várias, tenho conhecido nos últimos tempos Filipados entrados no Liceu nos anos de 1985 e seguintes. Mostram-se todos eles resignados com a ideia de lhes estar aqui vedada a entrada. Nada de mais errado! Embora o nome oficial deste blogue seja Liceu D. Filipa de Lencastre 1977 1984, já está mais do que estabelecido que são muito bem-vindos, como co-autores do nosso blogue colectivo, os que entraram antes ou depois dessas datas — desde que venham por bem. Ficamos à espera que enviem mensagens para a caixa do correio da casa (em cima, à direita) pedindo as instruções técnicas para começarem a postar. Força nisso!
terça-feira, 7 de outubro de 2008
ELOGIO EM CASA PRÓPRIA
Este é o blogue colectivo português mais livre que conheço, e isso só é possível porque os seus autores — todos eles Filipados — têm bom senso e são bem educados. Qualidades raríssimas, nestes dias.
Administrador do blogue?!?!?!
Para que conste este blogue é um pouco uma república anárquica em que todos mandam, por isso são todos convidados a participar, todos os comentários são admitidos, até publicidade a comida para cão. (tás à vontade DNA)
Só é preciso que haja bom senso. Se não houver, procure-se!
Só é preciso que haja bom senso. Se não houver, procure-se!
Da caixa do correio
Tive conhecimento do blog e gostava de saber se existem por aí antigas alunas de 1966 a 1971, anos em que frequentei o Filipa. Agradeço informações.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Nova Paixão...
PJRT-JRT-PJRT-JRT-PJRT-JRT-PJRT-PJRT-PJRT-JRT-PJRT-JRT-PJRT-JRT-PJRT-JRT-PJRT-JRT-PJRT-JRT-PJRT-JRT-PJRT-PJRT-JRT-PJRT-JRT-
Do lado esquerdo temos o Parson Jack Russel Terrier, e do direito o Jack Russel Terrier. De caracter identico, em termos morfologicos o 1º é mais alto e mais quadrado e o 2º mais baixo e mais rectangular. As fotos não estão na mesma escala...
Duas raças distintas (embora muito semelhantes) que estou a descobrir, eu e os 7 Labradors com que vivo. Tenho dois Jacks a dormir na sala neste momento. Boa Noite.
3 Filipados
Acabam por ser 3 Filipados, uma vez que apesar de apenas por lá ter passado 1, exerce influência sobre os outros 2. Do lado esquerdo "Suttonpark Dylan At Rocheby" (Dylan) importado de Inglaterra, e do lado direito "Phillipstown Laguna" (Laguna) importada da Irlanda. Tenho Bisnetos deste casal a dormir nesta casa de onde vos escrevo. Sem o Felipa nada disto teria sido possivel!
Pedido de autorização ao Administrador do Blogue.
Carissimo Administrador,
Venho pela presente intervenção, solicitar permissão para divulgar neste Blogue, um novo produto que será lançado em Portugal, e cuja distribuição em exclusivo para o Territorio Nacional, estará sob minha responsabilidade.
Não sei se estarei a ir contra o espirito deste blogue, conto que mo digam caso seja esse o caso, o que sei, isso sim, é que ao dar a conhecer este produto aos Filipados que possam beneficar do mesmo, estarei a ajudar a comunidade através de um Sub Grupo para que a vida dos seus Cães (e indirectamente dos donos) melhore consideravelmente, bem como que poupem dinheiro no processo.
Na realidade vou começar a distribuir no final do mês uma Ração (Super Premium, ou seja muito completa na conjugação de todos os seus ingredientes) que desafia a filosofia até aqui seguida de diferentes gamas dentro da mesma marca para diferentes Cães (Raças) de diferentes idades.
Não vou ainda dizer qual o nome da Ração, aguardo com respeito a autorização do Administrador deste Blogue, mas posso garantir-vos que enquanto criador (http://www.lakeforestdogs.com/) estou muito satisfeito com esta mudança, tendo inclusivamente feito com que abandonasse um Patrocinio que tinha. Satisfeito com a qualidade da nova Ração (visivel nos animais) bem como com o preço (sempre importante) que me permitiu reduzir os custos.
Aguardo resposta a este meu pedido.
Genuinamente não sei porque é que este blogue não pode também funcionar com entreposto para darmos a conhecer uns aos outros, o que vamos fazendo, e no processo obter e prestar ajuda.
Aquele Abraço Filipado.
domingo, 5 de outubro de 2008
No jornal Público de hoje
Monárquicos, católicos e historiadores de várias tendências contestam o carácter ideológico das comemorações da República
"Quem era o Almirante Reis? Alguém sabe? E o Barata Salgueiro?" Carlos Bobone, historiador, alfarrabista e monárquico, faz as perguntas, retórico e provocador. "E o Elias Garcia? Um estrangeiro que chegue a Lisboa pensa que o Almirante Reis e o Miguel Bombarda são os dois maiores heróis nacionais".
A toponímia é um dos temas tratados no sítio da Internet da Plataforma monárquica para o Centenário da República. Outro é o dos presos políticos, que eram aos milhares, maltratados e humilhados, segundo os documentos apresentados pelo grupo de cerca de vinte personalidades monárquicas.
Era comum o uso do "capuz penitenciário", que se colocava na cabeça dos presos políticos, que eram, aliás, tratados como presos de delito comum. Outro tema é o défice de democracia. "Fazem-nos acreditar que havia, durante a 1.ª República, multipartidarismo, liberdade de imprensa e eleições justas", diz Bobone.Essa versão "surge nos manuais escolares, nas exposições, nos catálogos dos museus. E as pessoas pensam que deve realmente ter sido assim, porque isso lhes dá um certo conforto". A verdade é que o Partido Republicano Português (PRP) dominou o Parlamento e ganhou todas as eleições, que eram falsificadas, explica Bobone.
A liberdade de imprensa também não existia. Os republicanos inventaram várias formas, algumas muito criativas, de sufocar os jornais. Como, segundo a lei, apenas eram proibidos a pornografia e os boatos, "davam muita latitude a estes conceitos". Dizer que a monarquia era melhor do que a república era considerado um boato, criticar o Governo era uma atitude pornográfica.
Outro método era encorajar os assaltos a jornais por parte de grupos de arruaceiros. No dia seguinte ao assalto, a polícia encerrava o jornal, alegando que ele provocava distúrbios na ordem pública. Outro estratagema ainda era prender os ardinas, impedindo que a edição do jornal se vendesse, quando continha algum artigo inconveniente. Alguns jornais eram fechados e apreendidos tantas vezes, que acabavam por falir.
Outra das marcas distintivas dos republicanos de 1910, segundo Bobone e João Távora, que apresentaram esta semana a Plataforma monárquica, era o seu desprezo pelas mulheres. Não lhes reconheceram o direito de voto. A explicação: eram reaccionárias e iriam votar nos padres."Outro traço pouco conhecido dos republicanos é o seu puritanismo", diz ao PÚBLICO João Távora. "Queriam proibir a confissão, para que as suas mulheres nunca ficassem sozinhas com outro homem".Perante estas características dos protagonistas da revolução de 1910, não fará sentido comemorar o aniversário do acontecimento, e muito menos o seu centenário, daqui a dois anos, dizem os monárquicos. "Nestes 100 anos, foi inventada uma História", diz Távora. E Bobone acrescenta: "Queremos lembrar a República como ela realmente foi. É considerada a precursora ideológica do regime em que vivemos. Nós pretendemos mostrar que isso não é verdade".
Católicos críticosVozes da Igreja Católica têm emitido críticas à forma como estão a ser planeadas as comemorações oficiais do centenário da República, e manifestado interesse em participar nas várias iniciativas. "Estamos atentos e empenhados em reflectir sobre estes temas, a propósito do centenário da República", disse ao PÚBLICO Paulo Fontes, do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica. Desmentiu que esteja a ser preparado algum "livro negro" sobre a 1.ª República, como foi noticiado, mas anunciou estar a participar na redacção de um Dicionário de História da 1.ª República e do Republicanismo, juntamente com várias universidades e instituições científicas, organizado pela comissão das comemorações oficiais.
Em 2011, o Centro de Estudos da Católica promoverá uma reunião para debater o tema das relações entre o Estado e as Igrejas.As comemorações devem ser uma oportunidade para reflectir "de forma aberta e plural" sobre as questões históricas, que não devem ser "reduzidas à sua dimensão político-ideológica", diz Fontes. Não se pronuncia sobre as comemorações oficiais que estão a ser preparadas, mas admite que vigora uma certa "perspectiva historiográfica ideologizada".
Também Rui Ramos, historiador e biógrafo do rei D. Carlos, considera importante "separar a comemoração do conhecimento". É uma "aberração histórica" ver nos líderes da 1.ª República um exemplo de virtudes. "Se hoje chegasse ao poder um partido como o PRP, teríamos seguramente uma guerra civil". Mas não se pode generalizar. "Falar do período republicano em geral é como falarmos de 1975 sem considerarmos as diferenças entre Cunhal e Sá Carneiro".
É um absurdo afirmar que a 1.ª República está na linhagem do regime actual, e que, portanto, celebrar aquela serviria para legitimar este. "A primeira comissão das comemorações [dirigida por Vital Moreira] cometeu o erro de tentar justificar com as ideias republicanas algumas medidas políticas actuais, como por exemplo alterar o código do Registo Civil para permitir os casamentos homossexuais. Se o Afonso Costa ouvisse isso, teria um ataque de coração. Não era possível ser-se mais homofóbico do que ele era".O que deve ser discutido é "o regime comemorativo português", que é "primitivo" e "próprio de países do terceiro mundo". Rui Ramos, historiador e biógrafo do rei D. Carlos, considera importante separar a comemoração do conhecimento.
"Quem era o Almirante Reis? Alguém sabe? E o Barata Salgueiro?" Carlos Bobone, historiador, alfarrabista e monárquico, faz as perguntas, retórico e provocador. "E o Elias Garcia? Um estrangeiro que chegue a Lisboa pensa que o Almirante Reis e o Miguel Bombarda são os dois maiores heróis nacionais".
A toponímia é um dos temas tratados no sítio da Internet da Plataforma monárquica para o Centenário da República. Outro é o dos presos políticos, que eram aos milhares, maltratados e humilhados, segundo os documentos apresentados pelo grupo de cerca de vinte personalidades monárquicas.
Era comum o uso do "capuz penitenciário", que se colocava na cabeça dos presos políticos, que eram, aliás, tratados como presos de delito comum. Outro tema é o défice de democracia. "Fazem-nos acreditar que havia, durante a 1.ª República, multipartidarismo, liberdade de imprensa e eleições justas", diz Bobone.Essa versão "surge nos manuais escolares, nas exposições, nos catálogos dos museus. E as pessoas pensam que deve realmente ter sido assim, porque isso lhes dá um certo conforto". A verdade é que o Partido Republicano Português (PRP) dominou o Parlamento e ganhou todas as eleições, que eram falsificadas, explica Bobone.
A liberdade de imprensa também não existia. Os republicanos inventaram várias formas, algumas muito criativas, de sufocar os jornais. Como, segundo a lei, apenas eram proibidos a pornografia e os boatos, "davam muita latitude a estes conceitos". Dizer que a monarquia era melhor do que a república era considerado um boato, criticar o Governo era uma atitude pornográfica.
Outro método era encorajar os assaltos a jornais por parte de grupos de arruaceiros. No dia seguinte ao assalto, a polícia encerrava o jornal, alegando que ele provocava distúrbios na ordem pública. Outro estratagema ainda era prender os ardinas, impedindo que a edição do jornal se vendesse, quando continha algum artigo inconveniente. Alguns jornais eram fechados e apreendidos tantas vezes, que acabavam por falir.
Outra das marcas distintivas dos republicanos de 1910, segundo Bobone e João Távora, que apresentaram esta semana a Plataforma monárquica, era o seu desprezo pelas mulheres. Não lhes reconheceram o direito de voto. A explicação: eram reaccionárias e iriam votar nos padres."Outro traço pouco conhecido dos republicanos é o seu puritanismo", diz ao PÚBLICO João Távora. "Queriam proibir a confissão, para que as suas mulheres nunca ficassem sozinhas com outro homem".Perante estas características dos protagonistas da revolução de 1910, não fará sentido comemorar o aniversário do acontecimento, e muito menos o seu centenário, daqui a dois anos, dizem os monárquicos. "Nestes 100 anos, foi inventada uma História", diz Távora. E Bobone acrescenta: "Queremos lembrar a República como ela realmente foi. É considerada a precursora ideológica do regime em que vivemos. Nós pretendemos mostrar que isso não é verdade".
Católicos críticosVozes da Igreja Católica têm emitido críticas à forma como estão a ser planeadas as comemorações oficiais do centenário da República, e manifestado interesse em participar nas várias iniciativas. "Estamos atentos e empenhados em reflectir sobre estes temas, a propósito do centenário da República", disse ao PÚBLICO Paulo Fontes, do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica. Desmentiu que esteja a ser preparado algum "livro negro" sobre a 1.ª República, como foi noticiado, mas anunciou estar a participar na redacção de um Dicionário de História da 1.ª República e do Republicanismo, juntamente com várias universidades e instituições científicas, organizado pela comissão das comemorações oficiais.
Em 2011, o Centro de Estudos da Católica promoverá uma reunião para debater o tema das relações entre o Estado e as Igrejas.As comemorações devem ser uma oportunidade para reflectir "de forma aberta e plural" sobre as questões históricas, que não devem ser "reduzidas à sua dimensão político-ideológica", diz Fontes. Não se pronuncia sobre as comemorações oficiais que estão a ser preparadas, mas admite que vigora uma certa "perspectiva historiográfica ideologizada".
Também Rui Ramos, historiador e biógrafo do rei D. Carlos, considera importante "separar a comemoração do conhecimento". É uma "aberração histórica" ver nos líderes da 1.ª República um exemplo de virtudes. "Se hoje chegasse ao poder um partido como o PRP, teríamos seguramente uma guerra civil". Mas não se pode generalizar. "Falar do período republicano em geral é como falarmos de 1975 sem considerarmos as diferenças entre Cunhal e Sá Carneiro".
É um absurdo afirmar que a 1.ª República está na linhagem do regime actual, e que, portanto, celebrar aquela serviria para legitimar este. "A primeira comissão das comemorações [dirigida por Vital Moreira] cometeu o erro de tentar justificar com as ideias republicanas algumas medidas políticas actuais, como por exemplo alterar o código do Registo Civil para permitir os casamentos homossexuais. Se o Afonso Costa ouvisse isso, teria um ataque de coração. Não era possível ser-se mais homofóbico do que ele era".O que deve ser discutido é "o regime comemorativo português", que é "primitivo" e "próprio de países do terceiro mundo". Rui Ramos, historiador e biógrafo do rei D. Carlos, considera importante separar a comemoração do conhecimento.
UMA COMUNIDADE SEM CONTINUIDADE
Quantos de nós pusemos os nossos filhos no nosso Liceu?
Quantos de nós continuámos a viver no nosso Bairro?
Quantos de nós conservámos a nossa Paróquia?
Quantos de nós continuámos a viver no nosso Bairro?
Quantos de nós conservámos a nossa Paróquia?
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