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Biografia
Filha de Guy de Macedo de Oliveira, falecido em Lisboa em 1970, e de sua mulher Maria do Carmo Tavares Lopes da Silva, neta paterna de Egídio de Macedo de Oliveira, nascido em
São Tomé e falecido em
Lisboa, de ascendência portuguesa e sãotomense (descendente do primeiro e único proclamado Rei de São Tomé e Príncipe), e de sua mulher Jeanette Prado Pluvier, nascida em
Bruxelas e falecida em Lisboa em 1948, de ascendência belga e portuguesa,
[1] cresceu em Lisboa com sua irmã Olga Maria de Macedo de Oliveira. Na sequência de uma depressão, aos 19 anos, o médico aconselhou-a a distrair-se tendo optado por matricular-se no Centro de Preparação de Artistas da
Emissora Nacional. Começou por se apresentar nos programas de Motta Pereira.
Casou primeira vez com o
Engenheiro António José Coimbra Mano, nascido na
Figueira da Foz, a 13 de Janeiro de 1930, de quem teve uma filha e um filho.
A estreia da cantora em público ocorreu, em Janeiro de
1958, no primeiro
Festival da Canção Portuguesa, realizado no cinema Império, em Lisboa. Nos dois anos seguintes iria vencer esse mesmo Festival.
Em 1959, a editora Alvorada lança um
EP com 4 artistas. Simone de Oliveira aparece com a canção "Sempre que Lisboa Canta". É lançado também um EP com os temas "Amor à Portuguesa" (La Portuguesa), "Tu", "Nos Teus Olhos Vejo o Céu" (Nel Blu Dipinto di Blu) e "Tu e Só Tu" (Love Me For Ever).
Recebe o Prémio de Imprensa do ano de 1963.
Em 1964 grava um EP com os temas "Canção Cigana", "Sempre Tu Amor", "Quero e Não Quero" e "Alguém Que Teve Coração".
Na 1ª edição do Grande Prémio TV da Canção Portuguesa
Festival RTP da Canção fica em 3º lugar com "Olhos Nos Olhos". "Amar É Ressurgir", o outro tema apresentado, fica em 8º lugar.
É editado o EP "IV Festival da Canção Portuguesa" com os temas "Nem Eu Nem Vocês", "Se Tu Queres Saber Quem Sou", "Quando Será" e "Canção do Outono" e o EP "Praia de Outono" onde é acompanhada pelo
Thilo's Combo e pela Orquestra de
Jorge Costa Pinto. Lança também alguns discos com versões da banda sonora do filme "Música No Coração". Além do tema "Música No Coração" grava canções como "Onde Vais" (Edelweiss), "As Coisas De Que Eu Gosto" e "Dó-ré-mi".
Ainda em 1966, Simone grava uma versão de "A Banda" de
Chico Buarque e faz parte do elenco do musical "Esta Lisboa Que Eu Amo" que esteve em cena no
Teatro Monumental.
Lança um EP com "Marionette", uma versão de "Puppet On A String" de
Sandie Shaw, e "Esta Lisboa Que Eu Amo". Lança também o disco "A Voz E Os Êxitos" que inclui uma versão de "Yesterday" dos
Beatles, entre outros temas.
É editado um EP com os temas "Viva O Amor", "Nos Meus Braços Outra Vez", "Quando Me Enamoro" e "Para Cada Um Sua Canção" e outro com os temas "Cantiga de Amor", "Amanhã Serás O Sol" e "Não Te Peço Palavras".
Lança um disco com os temas "Aqueles Dias Felizes", "Pingos de Chuva" e "Fúria de Viver".
[editar]Desfolhada Portuguesa
Perde a voz, um incidente que se prolongará por cerca de dois anos. Nesta fase aceita tudo o que lhe oferecem para sobreviver. Desde o jornalismo, à rádio, à locução de continuidade ou à apresentação do concurso Miss Portugal e de espectáculos no casino da Figueira da Foz. Recupera do problema que lhe tinha afectado as cordas vocais: a voz era mais grave, mas podia continuar a cantar.
A sua carreira estava marcada por músicas e letras compostas por autores de qualidade, muitos deles antifascistas. Isso ajuda a que, após o
25 de Abril de 1974, continue a sua carreira e participe em revistas como "P'ra Trás Mija a Burra".
Em 1980 representa Portugal no Festival da OTI, em
Buenos Aires, com "À Tua Espera". Durante os ensaios a orquestra levantou-se para a aplaudir. Arrecadaria o prémio de interpretação do Festival Ibero-Americano da Canção.
No teatro faz de "Genoveva" na peça "Tragédia da Rua das Flores" baseada na obra homónima de
Eça de Queirós. Participa também na série "Gente Fina É Outra Coisa" da RTP onde contracena com nomes como
Nicolau Breyner e
Amélia Rey Colaço.
Comemora as bodas de prata da sua carreira com o programa televisivo "Meu Nome é Simone".
O disco
Simone, Mulher, Guitarra, editado em 1984, é uma incursão da cantora no
fado, com produção de
Carlos do Carmo. Cinco dos temas pertencem a
José Carlos Ary dos Santos e os restantes são de
Luís de Camões ("Alma Minha Gentil Que Te partiste"),
Fernando Pessoa ("Quadras"),
Cecília Meireles ("Canção"),
Florbela Espanca ("Amiga, Noiva, Irmã") e
Miguel Torga ("Prece").
Em
1988 apresenta o programa de televisão "Piano Bar" da
RTP.
Em
1988 ainda, Simone venceu um
cancro de mama, passando a ser reconhecida também por tal, dado a ser uma doença ainda bastante dizimatória nesse tempo. É a viúva do actor
Varela Silva.
Faz parte do elenco do musical "Passa por Mim no Rossio" (
1991).
Filipe La Féria convida Simone para "Maldita Cocaína" de
1993.
O álbum
Mátria de
Paulo de Carvalho, editado em 1999, com letras de várias mulheres portuguesas, inclui um tema com letra de Simone.
Em 2000, Simone de Oliveira participa no tema "Sem Plano" dos
Cool Hipnoise. O convite surgiu após se terem conhecido em
Beja, numa comemoração do dia mundial do livro.
"Kantigamente" é o nome do espectáculo apresentado no
São Luiz, com produção de Fátima Bernardo (Casa das Artes). Os discos
Simone e
Simone, Mulher, Guitarra foram reeditados, em Abril de 2003, pela Universal. Em Julho de 2003 é editado o livro "Um País Chamado Simone" (Garrido Editores) do jornalista Nuno Trinta de Sá. Trata-se da segunda Biografia depois de "Eu Simone Me Confesso" de Rita Olivais.
Em 2003 lança o livro "Nunca Ninguém Sabe" (Publ. D. Quixote) onde relata a sua luta contra o cancro da mama.
Simone grava um CD e um DVD, ambos com o nome
Intimidades, que registam dois dias de espectáculos ao vivo, no Auditório do Fórum Cultural da Cidade do
Seixal, acompanhada por
José Marinho (piano) e Andrzej Michalczyk (violoncelo).
No ano
2008 Simone integra o elenco da nova versão de
Vila Faia na
RTP, onde vai encarnar Efigénia dos Santos Marques Vila, papel que na versão anterior era desempenhado pela actriz
Mariana Rey Monteiro. No dia 25 de Fevereiro Simone comemorou os 50 anos de carreira, num grandioso concerto no
Coliseu de Lisboa.
Simone de Oliveira tem dois filhos, Maria Eduarda e António Pedro. Casou segunda vez com o ator
Varela Silva. Recebeu vários prémios de que destaca os Prémios de Imprensa, Popularidade, Interpretação e ainda o Prémio
Pozal Domingues. Foi condecorada com a Grã-Cruz da
Ordem do Infante D. Henrique.
Em
2007, Simone comemorou os seus 50 anos de carreira fazendo o seu primeiro Coliseu, já em
2008, com o espectáculo "Um País chamado Simone".
É editada a compilação
Perfil com os seus maiores sucessos.
No Festival da Canção de 2010 subiu ao palco do Campo Pequeno onde interpretou a sua Desfolhada, vestindo inclusive o mesmo vestido que vestira 40 anos antes quando venceu o Festival da Canção de 1969, um momento único que emocionou a todos os que assistiram.
Em 2011, na XVI edição dos
Globos de Ouro (Portugal), recebeu das mãos do Dr.
Pinto Balsemão o Globo de Ouro Mérito e Excelência. Simone, visivelmente surpresa e emocionada, foi aplaudida de pé por todo o
Coliseu de Lisboa durante vários minutos, toda uma carreira dedicada a cultura e ao seu país era assim de novo agraciada e reconhecida.
Quarta-feira, 27.Mai.2009 at 06:05:22
Lembro-me muito bem que era muito dificil.
Hoje vivo em França, Paris e tenho muitas recordaçoes..
Desculpem.. o meu “portugues” ja nao é muito correcto..
se as minhas professoras..(sorriso)
Quarta-feira, 27.Mai.2009 at 06:05:57