domingo, 23 de dezembro de 2012

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Maria Delfina Morais de Vasconcelos


maria Delfina de Morais Vasconcelos Diz:

Por mero acaso ( andava à procura de informações sobre a extraordinária prof. de História e Filosofia do Filipa e investigadora/historiadora, Maria Emília Cordeiro Ferreira, ela pp. cunhada do Prof. Vitorino Magalhães Godinho, e, nem por isso, impedida de leccionar no liceu…)qd, li o texto de Helena Cabeçadas.
Tendo sido aluna do Filipa nos anos de 1962/64, sinto que devo corrigir alguns lapsos de ” memória”…Em 1956/57, a tal prof.”anã”, Donatila Baptista, não era Reitora, seria qd. muito vice-reitora e uma grande prof. de Latim; a nota máxima nunca foi 14 pois eu pp e várias alunas da minha turma de então tivemos notas bem superiores a essa, dadas, exactamente, pela tal “prof. anã” em Latim; a inscrição na Mocidade Portuguesa era obrigatória pelo que ninguém estava dispensado; fiz, como aluna, 2 viagens de estudo e outra de finalistas, bem como festas nos finais de ano lectivo.
Lamento que a sua memória do Filipa tenha falhas e seja tão negativa, mas o que mais me surpreende é que se confunda ordem e disciplina (tão reivindicadas de novo para as escolas e fundamentais na educação e formação das pessoas) com repressão e fascismo. Com a experiência da vida, as nossas interpretações do passado vão-se alterando mesmo que as nossas convicções se mantenham…

Acilina

Nasci na bonita cidade de LAGOSAlgarveem 21 de Março de 1950. Os meus pais mudaram-se para Lisboa quando eu tinha 9 anos de idade. De 1960 a 1967 frequentei o liceu D.Filipa de Lencastre e aos 17 anos entrei para a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa . Completei a Licenciatura em Matemática (Ramo de Especialização Científica) em 1973 e desde Outubro desse ano ensino Análise Matemática no Instituto Superior Técnico (IST). Aqui completei em 1988 o Mestrado em Matemática Aplicada, com a tese "Homoclínicas, Heteroclínicas e Caos em Equações Diferenciais Ordinárias e Equações de Reacção -Difusão ". Desde 1986 lecciono no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, onde sou Professora Adjunta. Tenho feito parte de alguns grupos de Investigação, nomeadamente o Centro de Matemática e Aplicações Fundamentais e o CAP's.

Silvia Maria Paiva Pereira


  1. Silvia de paiva Pereira Diz:

    Eu fui aluna no Filipa de Lencastre nos anos 70.
    Lembro-me muito bem que era muito dificil.
    Hoje vivo em França, Paris e tenho muitas recordaçoes..
    Desculpem.. o meu “portugues” ja nao é muito correcto..
    se as minhas professoras..(sorriso)
  2. Silvia de paiva Pereira Diz:

    J’aimerais beaucoup retrouver mes anciennes “copines” de classe, malheureusement j’ai perdu tout le monde de vue.

Anabela Martins


Anabela Martins Diz:

Entrei para o Filipa em 57, fui sempre emblema rosa. Eu era uma miúda um pouco introvertida, que lia muito e via as coisas já com outro olhar (muito irónico quando era preciso). Por isso não me lembro de ter “sofrido”, mas ,sim, de me ter divertido com os terços da Virgínia Paraíso e os piriquitos, à volta, a fazer piriquitinhos e as miúdas a esconder o riso em tosses e assoadelas!… Inesquecível. Ao jantar, os meus pais e o meu irmão riam a bom rir.
Lembro-me da Zulmira Marques a quem admirava: ela olhava para o tecto e assim resolvia, passo a passo, expressões de quilómetro; também assim ditava expressões e equações como TPC e, para grande maravilha, às vezes, emendava: Aí onde eu disse 4 ponham 7, se não, não dá conta certa!!!
Lembro-me duma professora de Artes Plásticas (actividade da Mocidade Portuguesa) que era… uma das pessoas mais contra-regime que conheci!!!!Ela era suponho que arquitecta, tinha um subtil gosto muito moderno, entre o audacioso masculino e o “frileuse”, muito estilo mas un peu étrange para a época. Fazíamos obras-primas e obras-segundas e terceiras e era um tempo super agradável – contar anedotas de Salazar e modelar o barro ou pintar… Tudo em segredo, muito cúmplice, entre nós e ela.
Podia contar muito mais. Apenas direi que quem considero ter sido a mais excepcional professora da minha vida a tive no Filipa de Lencastre: Aliete Galhoz, uma pessoa sensível e uma mulher de cultura que abria portas na cabeça de quem assistia às suas aulas ou com ela tomava um cafezinho na Pastelaria Capri.
Houve, por exemplo, um período lectivo em que não fez “pontos”, fomos classificadas por um trabalho de pesquisa com apresentação em aula. Que me dizem a isto, naquele tempo?
Que saudades.
Colegas lembro muitas, algumas em especial: por exemplo, a Verneck pela traquinice, outras quando meninas, pela amizade que ainda hoje mantenho.

Graça Aníbal


Graça Aníbal Diz:

As piores recordações da minha adolescência (anos 1958…)situam-se no Liceu Filipa de Lencastre e na relação “pedagógica” com essa senhora que dava pelo nome de Virgínia Paraíso. Suspeito que para além dos “rigores no decoro” não era alheia aos seus juízos a suspeita da simpatia política das famílias.

Carmen Dolores


Retirado da Wikipédia

Biografia

Deu-se a conhecer através da rádio onde se iniciou aos 12 anos. Aos 19 anos estreia-se no cinema, como protagonista de Amor de Perdição (1943), adaptação de António Lopes Ribeiro do romance de Camilo Castelo Branco. Seguir-se-á Um Homem às Direitas (1945) de Jorge Brum do CantoA Vizinha do Lado (1945) de Lopes Ribeiro e Camões (1946) deJorge Leitão de Barros.
Aparece no teatro em 1945, integrada na Companhia Os Comediantes de Lisboa, sediada no Teatro da Trindade, depois foi somando sucessos. Casou em 1947 e em 1951 passou para o palco do Teatro Nacional de D. Maria II, sob a direcção de Amélia Rey Colaço, com diversos sucessos de que se salienta Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett. Em 1959 ganhou o Prémio de Melhor Actriz na peça Seis Personagens à procura de um Autor, de Pirandello. Criou, com outros actores, o Teatro Moderno de Lisboa, no palco do Império, tendo desenvolvido um projecto que levou à cena novas encenações de peças de autores consagrados como DostoievskiShakespeareStrindberg ou José Cardoso Pires.
Viveu sete anos em Paris.
Aparece esporadicamente em televisão, nas telenovelas PasserelleA Banqueira do Povo e A Lenda da Garça.
As suas interpretações sempre lhe granjearam o apreço unânime da crítica. Carmen Dolores foi agraciada, em 2004, com a Ordem do Infante D. Henrique no grau de Grande-Oficial, atribuída pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.

[editar]Prémios e distinções

  • 1944 - Prémio de Melhor Actriz de Cinema no filme Um Homem às Direitas
  • 1945 - Pisou pela primeira vez o palco na Companhia de Comediantes de Lisboa (Teatro da Trindade), na peça ElectraA Mensageira dos Deuses, de Jean Giraudoux. Transitou depois para o Teatro Nacional D. Maria II (Companhia Amélia Rey Colaço - Robles Monteiro) onde permaneceu durante oito anos. Passou depois pelo Teatri de Sempre de Gino Saviotti, Teatro Nacional Popular, de Ribeirinho e no princípio dos anos 60, com Rogério PauloFernando Gusmão e Armando Cortez fundou o Teatro Moderno de Lisboa, que ficou como um marco importante na história do teatro independente.
  • 1959 - Prémio de melhor actriz de teatro na peça de Pirandello Seis Personagens Em Busca de Autor.
  • 1962 - Conquistou o Prémio de Popularidade como actriz de teatro radiofónico.
  • 1969 - Prémio Nacional de Teatro e o Prémio da Imprensa pela sua interpretação em A Dança da Morte de Strindberg.
  • 1984 - Prémio da revista Eles e Elas, pelo seu trabalho em Comédia À Moda Antiga de Arbuzov
  • 1985 - Prémio de Crítica em Virgínia (Vida de Virgínia Woolf) de Edna O'Brian.
  • 1987 - Troféus de cinema das revistas Nova Gente e Sete, pelo seu desempenho no filme de Fonseca e Costa A Balada Da Praia Dos Cães
  • 1992 - Troféu de Prestígio, revista Sete
  • 1998 - Prémio da Casa da Imprensa pelo seu trabalho em Jardim Zoológico de Cristal de Tennessee Williams.
  • 1959 - Agraciada com a Ordem de Santiago da Espada
  • 1991 - Medalha de Mérito Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura
  • 1998 - Distinguida pela Federação Iberolatina Americana de Artistas Intérpretes ou Executantes pela sua trajectória profissional e humana
  • 2003 - Edição do seu CD de poesia Poemas Da Minha Vida
  • 2003/2004 - No Teatro Aberto, tomou parte da peça Copenhaga, de Michael Frayn, tendo ganho o Globo de Ouro como Melhor Actriz de Teatro (2003)
  • 2004 - Interpreta a personagem de Luisa Todi num disco editado por acasião do centenário da cantora e doi agraciada com a Medalha de Mérito Cultural dos Municípios de Cascais e de Oeiras.
  • 2005 - Agraciada pelo Presidente da República com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

Simone de Oliveira


Retirado da Wikipédia


Biografia

Filha de Guy de Macedo de Oliveira, falecido em Lisboa em 1970, e de sua mulher Maria do Carmo Tavares Lopes da Silva, neta paterna de Egídio de Macedo de Oliveira, nascido em São Tomé e falecido em Lisboa, de ascendência portuguesa e sãotomense (descendente do primeiro e único proclamado Rei de São Tomé e Príncipe), e de sua mulher Jeanette Prado Pluvier, nascida em Bruxelas e falecida em Lisboa em 1948, de ascendência belga e portuguesa,[1] cresceu em Lisboa com sua irmã Olga Maria de Macedo de Oliveira. Na sequência de uma depressão, aos 19 anos, o médico aconselhou-a a distrair-se tendo optado por matricular-se no Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional. Começou por se apresentar nos programas de Motta Pereira.
Casou primeira vez com o Engenheiro António José Coimbra Mano, nascido na Figueira da Foz, a 13 de Janeiro de 1930, de quem teve uma filha e um filho.
A estreia da cantora em público ocorreu, em Janeiro de 1958, no primeiro Festival da Canção Portuguesa, realizado no cinema Império, em Lisboa. Nos dois anos seguintes iria vencer esse mesmo Festival.
Em 1959, a editora Alvorada lança um EP com 4 artistas. Simone de Oliveira aparece com a canção "Sempre que Lisboa Canta". É lançado também um EP com os temas "Amor à Portuguesa" (La Portuguesa), "Tu", "Nos Teus Olhos Vejo o Céu" (Nel Blu Dipinto di Blu) e "Tu e Só Tu" (Love Me For Ever).
Estreia-se no teatro de revista em 1962. Vence também, nesse ano, o Festival da Canção da Figueira da Foz.
Recebe o Prémio de Imprensa do ano de 1963.

Simone de Oliveira
Em 1964 grava um EP com os temas "Canção Cigana", "Sempre Tu Amor", "Quero e Não Quero" e "Alguém Que Teve Coração".
Na 1ª edição do Grande Prémio TV da Canção Portuguesa Festival RTP da Canção fica em 3º lugar com "Olhos Nos Olhos". "Amar É Ressurgir", o outro tema apresentado, fica em 8º lugar.
António Calvário e Simone gravam um EP com versões do filme "My Fair Lady".
Em Março de 1965 recebe o Prémio de Imprensa de 1964 para melhor cançonetista. Vence o Festival RTP da Canção de 1965 com o tema "Sol de Inverno", de Nóbrega e Sousa e Jerónimo Bragança, enquanto "Silhuetas Ao Luar" fica em 4º lugar. Representa Portugal noFestival da Eurovisão realizado em Nápoles. É eleita Rainha da Rádio.
É editado o EP "IV Festival da Canção Portuguesa" com os temas "Nem Eu Nem Vocês", "Se Tu Queres Saber Quem Sou", "Quando Será" e "Canção do Outono" e o EP "Praia de Outono" onde é acompanhada pelo Thilo's Combo e pela Orquestra de Jorge Costa Pinto. Lança também alguns discos com versões da banda sonora do filme "Música No Coração". Além do tema "Música No Coração" grava canções como "Onde Vais" (Edelweiss), "As Coisas De Que Eu Gosto" e "Dó-ré-mi".
Participa com "Começar de Novo", de David Mourão Ferreira e Nóbrega e Sousa, no primeiro Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro, realizado em 1966Amália Rodrigues fez parte do júri e escolheu Simone de Oliveira como representante de Portugal.
Ainda em 1966, Simone grava uma versão de "A Banda" de Chico Buarque e faz parte do elenco do musical "Esta Lisboa Que Eu Amo" que esteve em cena no Teatro Monumental.
Lança um EP com "Marionette", uma versão de "Puppet On A String" de Sandie Shaw, e "Esta Lisboa Que Eu Amo". Lança também o disco "A Voz E Os Êxitos" que inclui uma versão de "Yesterday" dos Beatles, entre outros temas.
Amália Rodrigues inicia uma temporada no Olympia, em França, como primeira figura do espectáculo "Grand Gala du Music-Hall Portugais", inteiramente composto por um elenco português. Simone de Oliveira é um dos nomes convidados ao lado do Duo Ouro NegroCarlos Paredes, entre outros.
Concorre ao Grande Prémio TV da Canção de 1968 com os temas "Canção Ao Meu Piano Velho" e "Dentro de Outro Mundo".
É editado um EP com os temas "Viva O Amor", "Nos Meus Braços Outra Vez", "Quando Me Enamoro" e "Para Cada Um Sua Canção" e outro com os temas "Cantiga de Amor", "Amanhã Serás O Sol" e "Não Te Peço Palavras".
Lança um disco com os temas "Aqueles Dias Felizes", "Pingos de Chuva" e "Fúria de Viver".

[editar]Desfolhada Portuguesa

É em 1969 que Simone vence o Festival RTP da Canção, com o maior êxito da sua carreira - "Desfolhada Portuguesa", da autoria de José Carlos Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes, com orquestração do maestro Joaquim Luís Gomes e direcção de orquestra por Ferrer Trindade.
Perde a voz, um incidente que se prolongará por cerca de dois anos. Nesta fase aceita tudo o que lhe oferecem para sobreviver. Desde o jornalismo, à rádio, à locução de continuidade ou à apresentação do concurso Miss Portugal e de espectáculos no casino da Figueira da Foz. Recupera do problema que lhe tinha afectado as cordas vocais: a voz era mais grave, mas podia continuar a cantar.
Grava um EP com temas de José Cid. O tema principal é "Glória, Glória Aleluia" que Tonicha levou ao 1º Festival da OTI.
Participa no Festival RTP da Canção de 1973 com "Apenas O Meu Povo", onde recebe o Prémio de Interpretação.
A sua carreira estava marcada por músicas e letras compostas por autores de qualidade, muitos deles antifascistas. Isso ajuda a que, após o 25 de Abril de 1974, continue a sua carreira e participe em revistas como "P'ra Trás Mija a Burra".
Em 1977 é convidada para participar no espectáculo do Jubileu de Isabel II do Reino Unido.
Vence o 1º prémio de interpretação do Festival da Nova Canção de Lisboa, de 1979, com "Sempre Que Tu Vens É Primavera".
Em 1980 representa Portugal no Festival da OTI, em Buenos Aires, com "À Tua Espera". Durante os ensaios a orquestra levantou-se para a aplaudir. Arrecadaria o prémio de interpretação do Festival Ibero-Americano da Canção.
O álbum Simone é editado em 1981. Para este disco grava "À Tua Espera" e "Quero-te Agradecer", da dupla Tozé Brito e Pedro Brito, e temas de António Sala ("Auto-retrato"),Paulo de Carvalho ("Canção") e Varela Silva ("Espectáculo"). Outros temas são as versões de "Pela Luz Dos Olhos Teus" de Vinícius de Morais e Tom Jobim e "Il S'en Va Mon Garçon" de Gilbert Bécaud. Anteriormente já gravara temas como "Reste" e "C'est Triste Venice".
No teatro faz de "Genoveva" na peça "Tragédia da Rua das Flores" baseada na obra homónima de Eça de Queirós. Participa também na série "Gente Fina É Outra Coisa" da RTP onde contracena com nomes como Nicolau Breyner e Amélia Rey Colaço.
Comemora as bodas de prata da sua carreira com o programa televisivo "Meu Nome é Simone".
O disco Simone, Mulher, Guitarra, editado em 1984, é uma incursão da cantora no fado, com produção de Carlos do Carmo. Cinco dos temas pertencem a José Carlos Ary dos Santos e os restantes são de Luís de Camões ("Alma Minha Gentil Que Te partiste"), Fernando Pessoa ("Quadras"), Cecília Meireles ("Canção"), Florbela Espanca ("Amiga, Noiva, Irmã") e Miguel Torga ("Prece").
Em 1988 apresenta o programa de televisão "Piano Bar" da RTP.
Em 1988 ainda, Simone venceu um cancro de mama, passando a ser reconhecida também por tal, dado a ser uma doença ainda bastante dizimatória nesse tempo. É a viúva do actor Varela Silva.
Faz parte do elenco do musical "Passa por Mim no Rossio" (1991).
Em 1992 é editado o álbum Algumas Canções do Meu Caminho. Apresenta este espectáculo ao vivo no Teatro Nacional São JoãoTEC e no Funchal.
Filipe La Féria convida Simone para "Maldita Cocaína" de 1993.
Em 1997 celebra os seus 40 anos de carreira com um espectáculo na Aula Magna, de Lisboa. É lançado o duplo CD Simone Me Confesso. O espectáculo "Simone Me Confesso" é apresentado na Expo-98.
O álbum Mátria de Paulo de Carvalho, editado em 1999, com letras de várias mulheres portuguesas, inclui um tema com letra de Simone.
Em 2000, Simone de Oliveira participa no tema "Sem Plano" dos Cool Hipnoise. O convite surgiu após se terem conhecido em Beja, numa comemoração do dia mundial do livro.
"Kantigamente" é o nome do espectáculo apresentado no São Luiz, com produção de Fátima Bernardo (Casa das Artes). Os discos Simone e Simone, Mulher, Guitarra foram reeditados, em Abril de 2003, pela Universal. Em Julho de 2003 é editado o livro "Um País Chamado Simone" (Garrido Editores) do jornalista Nuno Trinta de Sá. Trata-se da segunda Biografia depois de "Eu Simone Me Confesso" de Rita Olivais.
Em 2003 lança o livro "Nunca Ninguém Sabe" (Publ. D. Quixote) onde relata a sua luta contra o cancro da mama.
Simone grava um CD e um DVD, ambos com o nome Intimidades, que registam dois dias de espectáculos ao vivo, no Auditório do Fórum Cultural da Cidade do Seixal, acompanhada por José Marinho (piano) e Andrzej Michalczyk (violoncelo).
No ano 2008 Simone integra o elenco da nova versão de Vila Faia na RTP, onde vai encarnar Efigénia dos Santos Marques Vila, papel que na versão anterior era desempenhado pela actriz Mariana Rey Monteiro. No dia 25 de Fevereiro Simone comemorou os 50 anos de carreira, num grandioso concerto no Coliseu de Lisboa.
Simone de Oliveira tem dois filhos, Maria Eduarda e António Pedro. Casou segunda vez com o ator Varela Silva. Recebeu vários prémios de que destaca os Prémios de Imprensa, Popularidade, Interpretação e ainda o Prémio Pozal Domingues. Foi condecorada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 2007, Simone comemorou os seus 50 anos de carreira fazendo o seu primeiro Coliseu, já em 2008, com o espectáculo "Um País chamado Simone".
É editada a compilação Perfil com os seus maiores sucessos.
No Festival da Canção de 2010 subiu ao palco do Campo Pequeno onde interpretou a sua Desfolhada, vestindo inclusive o mesmo vestido que vestira 40 anos antes quando venceu o Festival da Canção de 1969, um momento único que emocionou a todos os que assistiram.
Em 2011, na XVI edição dos Globos de Ouro (Portugal), recebeu das mãos do Dr. Pinto Balsemão o Globo de Ouro Mérito e Excelência. Simone, visivelmente surpresa e emocionada, foi aplaudida de pé por todo o Coliseu de Lisboa durante vários minutos, toda uma carreira dedicada a cultura e ao seu país era assim de novo agraciada e reconhecida.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Helena Cabeçadas


As greves e o movimento estudantil de 1962 despertaram-me para a política e para a luta anti-fascista. Nessa altura eu tinha 14 anos e estava no Liceu D. Filipa de Lencastre, em Lisboa, mas a minha irmã mais velha já estava no 1º ano do Técnico e participava com entusiasmo no movimento estudantil de contestação ao regime. Eu e algumas das minhas amigas, da mesma idade, fugíamos do Liceu para ir assistir aos plenários, na Cidade Universitária. Não estávamos integradas no movimento associativo liceal e tínhamos imensa pena de não estar ainda na Universidade. Tentávamos disfarçar que vínhamos do Liceu, as batas enroladas dentro das pastas, com receio que os universitários nos mandassem embora. E ficávamos quase em êxtase a ouvir os dirigentes associativos de então, os seus discursos inflamados, tanto mais apreciados quanto mais radicais.

1.   Habilitações Académicas
Licenciatura em Ciências Sociais, opção de Antropologia, pela Faculdade de Ciências Sociais, Políticas e Económicas da Universidade Livre de Bruxelas.
Pós-graduação em Ciências do Trabalho, secção de Organização e Psicossociologia do Trabalho, pelo Instituto do Trabalho da Universidade Livre de Bruxelas.
Bolseira da Fundação Cultural Luso-Americana (Fulbright) na Universidade de Pennsylvania, na área da Comunicação Intercultural.
Mestrado em Antropologia, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

2. Experiência Profissional
Institut Universitaire de Sondages d’Opinion (Université Libre de Bruxelles)
Institut de Sociologie de l’Université Libre de Bruxelles
Ensino:  Instituto Superior do Serviço Social (Lisboa)
              Escola Superior de Enfermagem (Macau)
              Universidade da Ásia Oriental (Macau)
              The Chinese University of Hong Kong
              Instituto Superior de Psicologia Aplicada (Lisboa)
              Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Lisboa)
              Universidade Lusíada (Lisboa)
Centro de Estudos e Profilaxia da Droga/Instituto da Droga e da Toxicodependência: Comunidade Terapêutica/ Consulta Externa/ Terapia Familiar/ Prevenção Primária das toxicodependências.
Philadelphia Psychiatric Center/ Drug Treatment Program (Filadélfia/ Estados Unidos)
Philadelphia Child Guidance Clinic/ Family Therapy Training Center (Estados Unidos)
Direcção dos Serviços de Saúde de Macau: Toxicodependência e Saúde Mental.
Social Research Center (The Chinese University of Hong Kong).
Consultadoria: Asia Consult (Condições de Habitação/ Macau)
                        Consulplano (Planos Directores Municipais)
                        UNESCO (Comunicação Intercultural)
                        Câmara Municipal de Lisboa (Plano Municipal de Prevenção da toxicod.)
Implementação, Acompanhamento, Supervisão e Avaliação de Projectos de Prevenção Primária da Toxicodependência.
Psicoterapia Individual e em Grupo de Toxicodependentes e suas Famílias.
Coordenação do Projecto Europeu AC Company (Drugs, Immigration and Culture)
Investigação na área da Antropologia Clínica/ Droga e Cultura/ Comunidades Terapêuticas/ Rituais Terapêuticos numa perspectiva comparada e transcultural: publicações várias em revistas científicas nacionais e europeias.

Maria de Lurdes Modesto




Maria de Lurdes Modesto 
[Beja, 1930] 
Maria de Lurdes Modesto



Maria de Lurdes Modesto distinguiu-se nas artes da culinária.
Nesta área foi professora em várias escolas, nomeadamente no Liceu de D. Filipa de Lencastre, no Centro Universitário de Lisboa, no Liceu Francês Charles Lepierre e na Escola de Dietistas de Coimbra, onde, de 1982 a 1988, leccionou a cadeira de Técnica Culinária.
Ganhou notoriedade pública nos anos cinquenta e sessenta com um programa na Rádio Televisão Portuguesa, tendo também na mesma estação televisiva apresentado, uns anos mais tarde, programas de culinária de prevenção de doenças cardiovasculares.

Membro fundador e responsável até 1988 pelo pelouro da alimentação (vertente culinária) da Fundação Portuguesa de Cardiologia, foi ainda consultora do Instituto Português de Cardiologia Preventiva de 1986 a 1990.

Assinou colaborações em diversos jornais e revistas, destacando-se os seus escritos publicados noDiário de Lisboa, no Diário Ilustrado, em Mulher d' HojeA CapitalO Tempo e Marie Claire. Foi também colaboradora da Rádio, onde manteve programas de gastronomia na Rádio Renascença (durante seis anos) e na Rádio Difusão Portuguesa/Rádio Comercial (durante onze anos).

Grande divulgadora e defensora da cozinha regional portuguesa, organizou e participou em vários certames gastronómicos em várias estações de televisão mundiais, nomeadamente nas televisões do Canadá, Estados Unidos, Itália, Luxemburgo, Macau e Suíça. É responsável pela versão portuguesa de muitas obras estrangeiras sobre culinária.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. V, Lisboa, 1998

Isabel de Castro


ISABEL DE CASTRO A PROTAGONISTA DO FILME "FOGO"

Blogue de pauloborges :OS ANOS DE OURO DO CINEMA PORTUGUÊS, ISABEL DE CASTRO A PROTAGONISTA DO FILME 'FOGO'
Isabel de Castro, aliás Isabel Maria Bastos Osório de Oliveira, de seu nome completo, nasce em Lisboa a 1 de Agosto de 1931. Frequenta a Escola da Câmara do Castelo, bairro onde nasceu. Mais tarde após terminar a instrução primária, ingressa no Liceu D. Filipa de Lencastre. Desde novinha sentia uma enorme atracão pelo cinema e pelo teatro, por isso não faltava nenhum domingo ao cinema do bairro onde vivia. Os seus pais também a levavam regularmente a ver as peças infantis do Teatro Nacional D. Maria II, onde Isabel de Castro assistia às representações, verdadeiramente extasiada. Por isso, o seu sonho passou a ser em tornar-se actriz. Outra das suas paixões era a dança. Por isso utilizava os fatos que a mãe, a cantora Raquel Bastos, vestia para as suas actuações no Coliseu, e dançava ao som dos ritmos musicais do aparelho da telefonia. Mas apesar do seu desejo pelo mundo das artes, os seus pais não concordavam muito com essas ideias. Os seus sonhos tornaram-se realidade, quando certo dia, quando menos esperava, deparou-se-lhe numa revista a tão desejada possibilidade. Tratava-se de um anúncio dum concurso cinematográfico, realizado pela revista «EVA», destinado a raparigas entre os quinze e vinte anos para entrarem no filme «Ladrão Precisa-se». Era como um apelo imperioso do destino. Mas o que acontece é que a jovem Isabel tinha apenas 13 anos, e como tal, a sua idade não lhe dava entrada na competição. O desejo de se tornar actriz era tão forte, que a pequenita mentiu, mas uma mentira perdoável. Afirmou ter 14 anos e como tal, permitiram-lhe entrar no concurso. Dias depois, é chamada para prestar uma série de provas, findas as quais, é lhe pedido para aguardar a resposta. A resposta não tardou a chegar. Recebe dias depois a resposta pelo correio, onde dizia: “Faça o favor de apresentar-se no «Estúdio» sexta-feira, dia 3, a fim de tomar parte na filmagem de uma cena.”
E foi assim que Isabel de Castro se estreou no cinema, desempenhando um pequeno papel no filme de Jorge Brum do Canto, «Ladrão, Precisa-se».

Alice Vieira


Alice Vieira (1943)

Alice de Jesus Vieira Vassalo Pereira da Fonseca nasceu a 20 de Março de 1943 em Lisboa. Por imposição familiar, só aos 10 anos é que começou a ir à escola, tendo vivido quase toda a infância rodeada de adultos. Frequentou o Liceu Filipa de Lencastre e licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras de Lisboa, tendo começado a sua carreira de jornalista em 1969. Colaborou com o Diário de Lisboa, o Diário Popular e o Diário de Notícias, onde dirigiu o suplemento infantil Catraio. Em 1964 editou o seu primeiro livro de poesia, intitulado De estarmos vivos. Em 1979 publicou o seu primeiro livro infanto-juvenil, Rosa, Minha Irmã Rosa, escrito para os seus filhos, que arrebatou logo o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança. Desde então não parou mais e desde 1990 que se dedica apenas à literatura, tendo já editado cerca de 50 títulos.
Entre os prémio mais importantes que recebeu, contam-se o Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil de 1983, por Este Rei que Eu Escolhi, e o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra, de 1994. Foi indicada por várias vezes como candidata portuguesa ao Prémio Hans Christian Andersen e ao Astrid Lindgren Memorial Award.